Em um desfecho significativo para a política educacional no Paraná, a proposta do governador Ratinho Junior (PSD) , que visava privatizar a administração das escolas públicas por meio do programa "Parceiro da Escola", foi amplamente rejeitada em uma consulta pública realizada na última semana.
Das 177 escolas que participaram da votação, apenas 11 se mostraram favoráveis à iniciativa, enquanto impressionantes 82 rejeitaram a proposta, destacando uma clara resistência à privatização da adminsitração escolar .
Mobilização da Esquerda e dos Sindicatos
A vitória nas urnas representa um triunfo para os sindicatos e os movimentos de esquerda, grande parte ligada ao PT. que intensificaram suas campanhas de mobilização nas comunidades.
A APP Sindicato, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), fez ação de "boca de urna" em frente às escolas, promovendo debates e esclarecendo aos pais e alunos sobre os riscos da privatização. Essa estratégia de engajamento resultou em uma mobilização superior, superando os esforços da direita para convencer a população a apoiar a proposta.
Para a APP, essa rejeição não é apenas uma vitória numérica, mas um sinal claro da vontade da comunidade em preservar a educação pública como um direito constitucional. "Não vamos permitir que empresas lucrem com um direito que é constitucional", afirma um representante do sindicato, enfatizando a necessidade de respeitar a voz da população paranaense.
O Futuro da Educação no Paraná
Após a votação, a APP Sindicato e suas alianças políticas na esquerda como o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças politicas, se preparam para um novo desafio: garantir que o governo paranaense respeite as 83 escolas que não atingiram o quórum necessário para a votação. A expectativa é que a pressão sobre a Secretaria de Educação se intensifique, buscando um diálogo que priorize a opinião da comunidade.
Os opositores da proposta de privatização argumentam que a administração privada das escolas poderia comprometer a qualidade do ensino e a acessibilidade, transformando a educação em um produto comercial. A vitória nas urnas é vista como um passo crucial para consolidar a educação pública como um bem comum, em um momento em que o debate sobre privatização e investimentos públicos ganha força em todo o Brasil.
A derrota do projeto "Parceiro da Escola" no Paraná não apenas reflete uma oposição à privatização, mas também um fortalecimento do movimento organizado em defesa da educação e a forma antiga de coordenar as escolas. À medida que os sindicatos e a esquerda se mobilizam para garantir que seja respeitada a consulta popular , fica claro que a batalha pela educação pública está longe de terminar. A resistência à privatização representa um impulso para novas estratégias de luta dos sindicatos bem como esquerda, principal apoiador das mobilizações. Os próximos passos , voce acompnha por aqui!