A polêmica da isenção do Imposto de Renda: promessa de LULA de isençao até R$ 5 mil não saiu do papel e a insatisfação do brasileiro



A promessa de campanha que previa a isenção para quem ganha até R$ 5 mil ainda não foi cumprida, gerando críticas sobre prioridades do governo

Desde as eleições, a promessa de isenção do Imposto de Renda (IR) para brasileiros que recebem até R$ 5 mil tornou-se um dos temas mais debatidos na política econômica do país. Contudo, a medida, que deveria entrar em vigor gradualmente, não foi implementada em 2023, não avançou em 2024 e, agora, tampouco parece próxima de se concretizar em 2025.

Enquanto muitos aguardavam alívio financeiro com a isenção, a ausência de mudanças efetivas gerou críticas por parte da população e de especialistas, que questionam o compromisso do governo com a redução da carga tributária e a melhoria na renda dos trabalhadores.

Por que a isenção é tão importante?
Atualmente, a tabela do Imposto de Renda encontra-se defasada em relação à inflação acumulada nos últimos anos. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), a defasagem chega a cerca de 148%, considerando o período desde 1996. Isso significa que mais brasileiros, com rendas cada vez menores, passaram a ser tributados, mesmo aqueles que antes estariam isentos.

Com a promessa de isenção até R$ 5 mil, esperava-se que milhões de contribuintes fossem beneficiados, especialmente em um momento de perda do poder de compra devido à inflação e ao aumento do custo de vida. Contudo, sem avanços significativos, a tabela atual continua a impactar desproporcionalmente os trabalhadores que recebem menos.

Promessas não cumpridas e insatisfação popular
Durante as campanhas eleitorais, o discurso de uma maior justiça fiscal, com a correção da tabela e a isenção para os trabalhadores de renda média, foi amplamente utilizado para atrair o eleitorado. No entanto, a não execução da medida até agora tem levantado dúvidas sobre a prioridade do governo em relação ao tema.

Enquanto isso, outras questões econômicas, como a alta de impostos, inflação persistente e a qualidade dos serviços públicos, também estão no centro das críticas. “Prometer é fácil, mas cumprir é outra história. Quem acreditou nessas promessas acabou caindo em mais uma cilada”, comentou um economista ouvido pela reportagem.

Além disso, a manutenção de privilégios em diversas áreas do governo, como altos salários e benefícios para servidores de elite, também tem gerado insatisfação entre os cidadãos. Para muitos, isso reflete uma desconexão entre o discurso de campanha e a realidade administrativa.

O impacto na confiança do eleitor
A ausência de ações concretas em relação à isenção do IR não apenas pesa no bolso do trabalhador, mas também afeta a confiança do eleitor no sistema político. Promessas de campanha que não se traduzem em medidas reais geram um sentimento de frustração e descrença nas instituições.

A pressão por mudanças
Diante desse cenário, especialistas e movimentos sociais têm pressionado o governo para cumprir a promessa e corrigir a tabela do IR. Há uma cobrança para que o tema seja tratado como prioridade em 2025, especialmente em um contexto de debates sobre justiça tributária no país.

Porém, enquanto não houver uma ação efetiva, a sensação de que "o brasileiro não é prioridade" continuará a ser um sentimento compartilhado por muitos.

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