Já se Passava uma hora da meia noite , uma atmosfera tensa e carregada de emoções permeava o ar da grande Região da Vila Primavera em Guarapuava.
A equipe policial foi acionada para atender a uma situação alarmante de violência doméstica, um cenário que muitos prefeririam ignorar, mas que, infelizmente, faz parte da realidade de muitas mulheres.
Ao chegar ao local, os policiais encontraram uma jovem de apenas 20 anos, sua expressão marcada pela dor e pela luta interna que a acompanhava. Com a voz embargada, ela relatou que, naquele dia, seu ex-marido, um homem de 23 anos, havia a injuriado com palavras que cortavam mais fundo do que qualquer agressão física. Mas não era apenas ela a vítima; seus familiares também foram alvos do desprezo e da hostilidade dele.
Enquanto a equipe conversava com a mulher, o autor da violência permanecia por perto, uma sombra ameaçadora que pairava sobre a cena. A jovem, no entanto, demonstrou uma força silenciosa; apesar da dor, decidiu que não queria seguir com a representação. Sua única solicitação era que ele se afastasse, que deixasse o espaço que, por direito, deveria ser seguro para ela e sua família.
O ex-marido, após a conversa com a equipe policial, acabou se retirando do local, mas a tensão ficou. A equipe, ciente da fragilidade da situação, não apenas preparou o boletim de ocorrência, mas também ofereceu orientações à vítima, tentando trazer um pouco de segurança a um momento tão vulnerável.
Esse episódio, embora encerrado temporariamente, deixa uma marca indelével na vida da jovem. A violência, mesmo quando não física, traz consigo um legado de medo e insegurança. É um lembrete sombrio de que muitos lares, que deveriam ser refúgios, se tornam cenários de dor e desespero. E, enquanto a noite avança, a luta dessa mulher por um espaço seguro e livre de ameaças continua, um eco nas sombras que não pode ser ignorado.