
O que parecia ser mais uma noite comum em Guarapuava se transformou em um episódio raro e impressionante de responsabilidade e coragem.
Na segunda-feira (7 de julho), por volta das 20h58, uma mulher de 30 anos, moradora do bairro Bonsucesso, surpreendeu as autoridades e a própria cidade ao se entregar voluntariamente à Polícia Militar ao descobrir que havia um mandado de prisão em seu nome.
Tudo começou com uma simples ligação. A mulher, ciente de que um mandado havia sido expedido contra ela pela Vara de Execuções Penais da Comarca de Guarapuava, não hesitou: ao invés de esperar pela abordagem policial, decidiu agir de maneira direta e responsável.
"Eu não vou esperar a polícia vir até mim. Vou me entregar", disse ela, ao fazer a chamada para o 190.
A PM, surpresa com a atitude, deslocou-se até o endereço informado e, após verificar no sistema, confirmou que a mulher realmente possuía um mandado de prisão em aberto. E o que se seguiu foi um procedimento simples: a mulher foi presa sem qualquer resistência e levada ao Setor de Carceragem Temporária (SECAT), onde permanece à disposição da Justiça.
Essa cena de autoconsciência e iniciativa não terminou por aí. Algumas horas antes, na manhã de segunda-feira, a Polícia Militar também cumpriu outro mandado, desta vez no bairro Boqueirão. Por volta das 7h10, durante patrulhamento de rotina, a PM abordou um homem de 25 anos, conhecido pelo seu histórico criminal. Ele também tinha um mandado de prisão em aberto. Sem novidades no bolso, mas com a prisão sendo inevitável, o homem foi levado à Cadeia Pública de Guarapuava.
O caso dessa mulher, que optou por se entregar de forma voluntária, causou repercussão. Ao invés de lutar contra a lei, ela fez o oposto: contribuiu para o cumprimento da justiça. Isso, por si só, merece destaque. Em tempos onde a desconfiança e a resistência ao sistema judicial parecem estar em alta, o que aconteceu em Guarapuava é um respiro de responsabilidade e coragem.
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