Lula enfrenta rejeição histórica e perde até redutos tradicionais, aponta Bloomberg

 


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Um artigo da Bloomberg publicado ontem terça-feira (11) traça um diagnóstico sombrio para Luiz Inácio Lula da Silva: o presidente vive o pior momento de popularidade em seus três mandatos à frente do Brasil.

A análise expõe uma erosão inédita de apoio entre a classe trabalhadora e o Nordeste — historicamente um bastião petista —, além de um crescente distanciamento de uma nova geração de empreendedores e jovens eleitores, que veem no governo um modelo desconectado das demandas atuais.



Dados recentes reforçam o cenário crítico. Segundo o Datafolha, a aprovação de Lula despencou para 24% em fevereiro de 2025, ante 35% em dezembro de 2024, marcando o fundo do poço de sua trajetória no Planalto. Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada em março, é ainda mais alarmante: 56% dos entrevistados classificam o governo como ruim ou péssimo, com um salto de 8 pontos percentuais em relação a janeiro. No Nordeste, onde Lula chegou a ter 70% dos votos em 2022, sua aprovação caiu para 38%, enquanto a rejeição atingiu 47% — números que invertem o mapa político que o levou ao poder.

A Bloomberg argumenta que a insatisfação não será aplacada apenas com programas sociais ou medidas como crédito facilitado, táticas que outrora sustentaram sua popularidade. O texto projeta um caminho tortuoso para um eventual quarto mandato, sugerindo que o PT subestima a profundidade do desgaste. Mais do que indicadores econômicos, o que pesa é uma crise de credibilidade: o governo é percebido como incapaz de representar os anseios de uma população que rejeita tanto o “lulopetismo” quanto agendas de esquerda vistas como ultrapassadas.


A inflação de alimentos, bateu 7,2% em fevereiro de 2025 segundo o IBGE, corroeu o poder de compra das famílias.

Polêmicas como a proposta de taxação do Pix e a percepção de intervencionismo estatal em setores como energia e agricultura ampliaram o mal-estar, especialmente entre pequenos empresários e a classe média baixa, que antes viam em Lula um aliado.

A perda de terreno no Nordeste é emblemática. Em estados como Pernambuco e Bahia, onde o PT dominava, pesquisas locais apontam que a insatisfação com a alta de preços e a lentidão em obras de infraestrutura — como a prometida Transnordestina — abriu espaço para a oposição. Líderes regionais do MDB e do União Brasil já capitalizam esse vácuo, enquanto Jair Bolsonaro, mesmo fora do cargo, mantém 35% de intenção de voto na região, segundo a Quaest, superando Lula em simulações de segundo turno.

O artigo da Bloomberg conclui que o problema transcende a economia: há uma ruptura simbólica. A narrativa de “pai dos pobres” perdeu força diante de uma população que exige resultados concretos e não se identifica mais com o projeto petista. Para analistas, o governo precisa de um choque de pragmatismo — ou corre o risco de ver sua base ruir onde menos esperava.

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