Ao chegar no local indicado, os policiais fizeram contato com o suspeito, que confirmou ter discutido com a esposa. Segundo ele, a mulher teria deixado a residência e se abrigado na casa da mãe. A equipe então se deslocou até o novo endereço, onde localizou a vítima, também de 40 anos.
A mulher relatou que a discussão com o marido evoluiu para agressões físicas. Conforme o depoimento prestado à PM, ele quebrou o celular dela durante a briga, puxou violentamente seu braço — o que provocou hematomas visíveis — e a ameaçou com uma pedra. Temendo por sua integridade física, a vítima saiu de casa às pressas e procurou segurança na casa da mãe.
Diante da gravidade dos relatos e dos sinais evidentes de agressão, os policiais deram voz de prisão ao agressor, que foi encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária para os procedimentos legais. A vítima foi orientada sobre seus direitos e os canais de apoio às mulheres em situação de violência.
Além disso, em diversas cidades, incluindo Guarapuava, há Delegacias da Mulher e centros de apoio psicológico e jurídico para vítimas de violência. O amparo legal se apoia na Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, que prevê medidas protetivas e punições severas aos agressores.
“Esses números revelam uma triste realidade: a casa, que deveria ser um ambiente de proteção, se torna o local de maior risco para muitas mulheres”, destaca a assistente social e ativista de direitos humanos, Carla Ribeiro.
“É fundamental que as vítimas se sintam seguras para denunciar no 180 e que as autoridades ajam de forma imediata, como foi neste caso”, completa.
O agressor, por sua vez, poderá responder por lesão corporal, ameaça e dano, todos com agravantes previstos na Lei Maria da Penha. A pena pode variar de acordo com a gravidade das lesões e reincidência de condutas violentas.
Campanhas de conscientização e educação sobre relações abusivas também têm sido promovidas por órgãos públicos e ONGs em todo o país, na tentativa de diminuir os índices alarmantes de violência contra a mulher.