Parceria entre a Prefeitura de Guarapuava e a Unicentro já monitorou 44 pacientes em cinco Unidades Básicas de Saúde
A Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, é parceira no desenvolvimento do projeto VIVOX, realizado pelo curso de Fisioterapia da Unicentro. O projeto busca oferecer mais segurança e qualidade de vida a pacientes que fazem uso de oxigênio domiciliar, por meio de visitas, avaliações e orientações especializadas.
O secretário de Saúde, Márcio Brunsfeld, falou sobre a relevância do projeto. “O projeto VIVOX é uma iniciativa que representa perfeitamente o que buscamos enquanto gestão pública. Ele tem garantido mais segurança aos nosso pacientes que utilizam do oxigênio domiciliar e está dando também mais qualidade de viva”, expressou.
A iniciativa surgiu a partir de uma demanda observada na Clínica de Fisioterapia da Unicentro, especialmente durante os estágios supervisionados no hospital. A professora Christiane Riedi, coordenadora do projeto, percebeu a necessidade de orientar adequadamente os pacientes quanto ao uso correto do oxigênio em casa. A partir disso, foi proposta uma parceria com a Divisão do Programa de Oxigênio da Secretaria Municipal de Saúde, o que deu origem ao VIVOX.
O projeto é realizado em etapas. A equipe da Unicentro, juntamente com a fisioterapeuta responsável pelo programa de oxigênio da Prefeitura, escolheu uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para ser atendida. Em seguida, é agendado uma reunião com os profissionais da UBS para apresentação das diretrizes atualizadas sobre o uso de oxigênio domiciliar. E então, com o apoio das agentes comunitárias de saúde, os alunos de Fisioterapia visitam os pacientes em suas casas.
Envolvimento dos alunos de fisioterapia
Durante as visitas, os acadêmicos realizam uma avaliação completa, que inclui aspectos respiratórios, musculares, qualidade de vida e sono. O acompanhamento segue por meio de ligações semanais aos pacientes. Os estudantes envolvidos são bolsistas de iniciação científica e autores de trabalhos de conclusão de curso com foco no tema, o que contribui para a formação acadêmica dos futuros fisioterapeutas.
“O objetivo principal do projeto é garantir que os pacientes estejam usando o oxigênio da forma adequada. O oxigênio é um recurso essencial, mas também exige muitos cuidados por ser inflamável. Com as orientações corretas, o uso se torna mais seguro, o que impacta diretamente na saúde, na qualidade de vida e até na sobrevida dessas pessoas”, explica a professora Christiane.
Os resultados
Desde o início do projeto, já foram atendidas cinco UBSs e monitorados 44 pacientes em Guarapuava. O impacto social da ação é significativo, tanto para os usuários do sistema público de saúde quanto para o próprio município. Com o uso mais consciente e orientado do oxigênio, há redução na necessidade de atendimentos médicos, menor risco de acidentes e economia nos custos com o fornecimento do recurso.
A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde tem sido essencial para o sucesso da iniciativa. “A equipe da Secretaria nos dá total suporte. Eles entram em contato com as UBSs, organizam os encontros com os profissionais e, depois, recebem de volta os dados e análises sobre os pacientes que acompanhamos. Sem esse apoio, o projeto não teria saído do papel”, completa Christiane.
Com previsão de continuidade nos próximos anos, o VIVOX pretende acompanhar e traçar o perfil da maioria dos pacientes em uso de oxigênio domiciliar em Guarapuava. A proposta é ampliar ainda mais o número de atendimentos e garantir que mais pessoas recebam as orientações necessárias para um tratamento seguro e eficaz.