"Era para ser uma noite comum, meus amigos. Eu estava me preparando para ir à academia após um dia exaustivo de trabalho, atendendo clientes da cidade e da região. Mas o que aconteceu a seguir vai muito além do que qualquer um poderia imaginar. Uma médica, que por questões de respeito vou deixar sem identificação, estava visitando uma amiga em sua casa no Bairro Santa Cruz, quando tudo virou um pesadelo.
No meio da conversa, elas ouviram gritos desesperados vindo da rua, um choro descontrolado, como se a criança estivesse em risco. E, como é de se esperar, a médica, com toda a sua experiência e cuidado, correu para ajudar. O que elas viram foi uma criança, com cerca de 10 anos, em completo desespero, correndo para a rua sem direção, em pleno horário de rush, com carros passando a todo momento.
Com todo o carinho, elas conseguiram acalmar a criança, que, como se já não bastasse a situação, é especial. Mas aí vem o dilema, meus amigos: o que fazer com uma criança tão assustada, sem saber o que está acontecendo? O que fazer quando ela não quer ir para casa, não sabe onde mora, e o medo é visível nos olhos dela?
A médica e a amiga ligaram para a polícia e para o Conselho Tutelar. A Polícia Militar atendeu prontamente e chegou ao local. Mas, e agora? O garoto está calmo, mas não quer voltar para casa. O que fazer? O Conselho Tutelar foi acionado há mais de uma hora e meia, mas ainda não apareceu. E a resposta recebida dos responsáveis? ‘Estamos atendendo, agora não podemos estar aí.’ Uma situação dessas, sem respostas, por mais de duas horas.
Essas duas mulheres, uma médica e sua amiga, estão monitorando a criança, preocupadas, com toda a boa vontade do mundo, mas sem ter uma solução à vista. Elas fazem o que podem, mas o que deveria ser responsabilidade de quem? Quem está realmente cuidando dessa criança, da sua segurança e do seu bem-estar?
Este é o tipo de situação que nos faz refletir, meus amigos. O que está acontecendo com a nossa sociedade? Quem é que resolve os problemas quando as pessoas de bem, como essa médica e sua amiga, não têm para onde correr? E enquanto isso, a criança, cheia de medo e desconfiança, espera por um atendimento que não chega.
Fica o apelo: quem vai responder por isso?
vai tomar as rédeas e resolver uma situação tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa? Até quando vamos continuar vendo essas lacunas na segurança e no bem-estar de nossas crianças?"
