O vereador de Guarapuava, Professor Pablo, mergulhou no turbilhão da desinformação e do sensacionalismo com a postagem de um vídeo nas redes sociais que, ao invés de esclarecer, apenas alimentou a polarização política e o pânico na cidade.
No conteúdo, o parlamentar guarapuavano — que já foi secretário de Educação — tenta denunciar um suposto caso de abuso infantil, questionando, de forma irresponsável, a atuação de órgãos como o Conselho Tutelar, a escola envolvida, e até os procedimentos legais que garantem o sigilo e a proteção da vítima.
Carregado de acusações vagas, ironias e insinuações, o vídeo não apenas falha em apresentar qualquer evidência concreta, como também propaga uma narrativa distorcida que põe em risco a credibilidade das instituições responsáveis pela proteção infantil.
Especialistas da área, conselheiros e profissionais ligados aos direitos da criança e do adolescente viram na postagem uma tentativa oportunista de exploração política que não só carece de fundamento, como também se coloca em oposição ao trabalho sério e técnico das instituições que lidam com questões tão sensíveis.
O Erro Crasso: Ignorar o Sigilo e a Responsabilidade Institucional
Pablo, ao tentar fazer uso midiático de um caso de alta sensibilidade, cometeu um erro fatal: violou o sigilo da vítima e desconsiderou as normativas legais que asseguram a proteção de menores. Em vez de se focar na busca pela verdade e pelo auxílio à criança e à família, ele preferiu buscar os holofotes, ignorando, inclusive, os protocolos que regem o sigilo em casos de abuso, fundamentais para o bom andamento da justiça.
Logo após o Conselho Tutelar ser acionado, os procedimentos legais foram seguidos com a eficiência que se espera desses órgãos: a mãe foi encaminhada ao hospital, o Boletim de Ocorrência foi registrado e a criança passou pelo exame pericial no IML. A surpresa? O diagnóstico não era o de abuso sexual, como sugerido de forma irresponsável no vídeo, mas sim o de uma simples assadura dermatológica. Fato que desmentiu, de forma cabal, todas as insinuações feitas pelo vereador, que não teve o cuidado de apurar a realidade dos fatos.
O Show de Horrores: Quando a Política Se Torna Palanque para o Sensacionalismo
O vídeo de Pablo, mais do que uma ação política,parece representar uma grave distorção da verdade. Ao invés de utilizar sua posição para promover esclarecimento, o vereador optou por transformar um caso sensível em um espetáculo de likes e curtidas. Isso é algo que se tornou comum nas redes sociais, mas que coloca em risco a confiança pública nas instituições de proteção, ao mesmo tempo em que banaliza a dor das pessoas envolvidas.
O pior de tudo, porém, foi a exposição de dados sensíveis. Mesmo sem apresentar provas, o vereador foi além e jogou luz sobre informações privadas da criança e de sua família. Esse tipo de irresponsabilidade não só prejudica os envolvidos, como pode causar danos psicológicos irreparáveis. A exploração midiática da dor alheia é um jogo perigoso e imoral. Não é a mim ou você que ele terá que explicar , mas a justiça!!
Consequências Legais: O Erro Pode Custar Caro ao Vereador
Especialistas jurídicos alertam para as consequências legais que Pablo pode enfrentar. A conduta do vereador pode configurar o crime de exposição indevida de menor e violação de sigilo legal, o que abre portas para investigações formais e possíveis sanções. O Ministério Público já está sendo acionado para apurar os fatos, e o parlamentar pode, inclusive, enfrentar um processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal.
O recado é claro: a política, quando feita com responsabilidade, deve servir ao bem comum e não à autopromoção. Para quem lida com questões tão delicadas, como a proteção infantil, o verdadeiro compromisso está em agir com discrição, respeitar os protocolos legais e zelar pela privacidade dos envolvidos. Não é com vídeos ou popularmente fake news e com a busca por likes que se defende uma causa tão importante.
O Silêncio que Protege e o Show que Enfraquece
Quando falamos de proteção à infância e à juventude, a discrição e o conhecimento técnico são essenciais. Os verdadeiros heróis do sistema de proteção não se encontram nas câmeras, mas nos bastidores, trabalhando com dedicação, enfrentando as dificuldades do dia a dia e cumprindo a missão de proteger as vítimas sem recorrer ao espetáculo midiático.
Professor Pablo, ao invés de se colocar à frente de uma narrativa que, na prática, busca apenas agradar seu público nas redes sociais, deveria ter escolhido o caminho do respeito e da responsabilidade institucional.
Em tempos de redes sociais e likes fáceis, fica a reflexão: quem realmente quer proteger crianças e adolescentes não precisa de holofotes. Eles agem em silêncio, mas com firmeza.
Agora, o vereador terá que lidar com as consequências de suas escolhas — O pior foi a exposiçao aberta de crianças, família... Ele vai ter muito que explicar ???
E agora?????
