Na manhã desta quinta-feira, 16 de janeiro, a cidade de Itapema, em Santa Catarina, tornou-se um cenário de desolação e desespero. O prefeito Alexandre Xepa, em um vídeo que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, aparece até a altura do peito em águas turvas, um retrato vívido da calamidade que assola sua cidade. Com a voz embargada, ele clama por ajuda, apontando para o caos que toma conta das ruas e lares.
As fortes chuvas, que começaram a cair desde a madrugada, transformaram Itapema em um mar de destruição. Alagamentos generalizados deixaram famílias desabrigadas, e a situação se agrava a cada hora. Uma creche, símbolo da inocência infantil, teve que ser evacuada às pressas. As águas, que atingiram a cintura dos adultos, não pouparam nem mesmo as crianças, que foram retiradas em meio ao pânico e à incerteza.
Enquanto as sirenes ecoam pela cidade, a Defesa Civil e os Bombeiros lutam contra o tempo e a força da natureza. As ruas estão intransitáveis, e o apelo do prefeito ecoa em um tom de urgência: "Fiquem em casa! Evitem sair, a situação é crítica!" Ele pede que, em caso de emergência, os cidadãos acionem os números de emergência – uma tentativa de manter a ordem em meio ao caos.
Mas a tragédia não se restringe a Itapema. A vizinha Balneário Camboriú também se vê à mercê da fúria das águas, decretando estado de emergência e enfrentando um cenário igualmente devastador. Quem poderia imaginar que, em um dia ensolarado, a beleza dessas cidades seria coberta por uma cortina de água e desespero?
As imagens que chegam às nossas telas são de um apocalipse urbano: carros submersos, ruas transformadas em rios, e a angústia nas expressões dos moradores que assistem impotentes ao colapso de suas vidas. A solidariedade humana é o que resta em meio à tragédia. Voluntários se mobilizam, mas a necessidade é urgente e a ajuda, por vezes, chega tarde.
Neste momento, o clamor de Itapema é mais do que um pedido de socorro; é um grito por esperança em meio à desolação. As águas podem ter invadido as casas, mas não podem afogar a determinação de um povo que se recusa a desistir. A história de Itapema e Balneário Camboriú é um lembrete de que, mesmo nas horas mais sombrias, a luz da solidariedade e da resiliência pode brilhar.
À medida que as chuvas continuam e a situação se agrava, a pergunta que ecoa é: até onde vai a força de uma comunidade unida? É hora de agir, é hora de mostrar que, mesmo à mercê da natureza, a humanidade se levanta, se une e luta. O que resta é a esperança de que, juntos, possamos superar essa tempestade.
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