Guarapuava – Em um episódio que levanta questões sobre a liberdade de expressão e a transparência nas ações do Legislativo, os vereadores Rodrigo do Agita e Leandro Dobrychtop denunciaram a censura de comentários feitos por cidadãos na página oficial da Câmara. A situação ganhou destaque após a câmara em sua página remover opiniões que não agradaram a um grupo de vereadores aliados ao presidente da Casa.
Desde que assumiram seus mandatos, Rodrigo e Leandro, ambos de primeira legislatura, têm se destacado por suas visitas a órgãos públicos e unidades de saúde, ouvindo a população e levando suas demandas diretamente aos setores responsáveis. Essa postura proativa contrastou com a inércia de alguns vereadores mais experientes, que, percebendo a receptividade popular aos novos parlamentares, decidiram seguir o mesmo caminho, mas sem o mesmo engajamento.
O problema começou quando os vereadores do grupo do presidente da Câmara, que contava inicialmente com 11 membros, começaram a compartilhar fotos e vídeos de suas visitas. A população, por sua vez, não hesitou em expressar sua opinião nas redes sociais, elogiando o trabalho de Rodrigo e Leandro, mesmo estes, não estando presentes nas imagens oficiais. Entretanto, o que deveria ser um espaço democrático de interação se transformou em uma polêmica após a remoção de diversos comentários considerados "incômodos".
Rodrigo afirmou à imprensa: “Olha Lobo, eu vou verificar, mas creio que legalmente a Câmara não pode censurar a opinião do povo.” Ele destacou que tomará as medidas necessárias para garantir que a voz da população não seja silenciada.
Leandro, em contato com o Guarapava Fatos, reforçou a indignação e lembrou que a transparência é fundamental para a democracia. Ele enfatizou que, enquanto defensor da lei, está comprometido em manter canais abertos de comunicação com os cidadãos. “Desde o início do mandato, temos buscado a participação da população e não podemos aceitar que comentários sejam apagados sem justificativa”, declarou.
A situação se torna ainda mais complexa ao considerar o papel das redes sociais na política atual. A censura de comentários em uma página pública pode ser vista como uma tentativa de silenciar críticas e evitar a opinião contrária dos representantes eleitos. A população, por sua vez, continua a se mobilizar e a exigir mais transparência e respeito às suas opiniões.
Diante deste cenário, fica a pergunta: até onde vai a liberdade de expressão nas redes sociais oficiais?
A comunidade espera que a Câmara Municipal respeite o direito dos cidadãos de se manifestar e que as vozes de Rodrigo e Leandro continuem a ecoar em defesa da democracia.