Alô, pessoal. Puxa uma cadeira aí.
Hoje a gente veio falar de um susto. Daqueles que gelam o sangue e lembram a gente de que por trás de toda voz familiar que entretém nossa manhã, existe um ser humano de carne, osso e coração.
Estou falando do nosso amigo, Celso Pinheiro.
O palco era o de sempre: o estúdio do Combate. O horário, os destaques. De repente, no meio da apresentação, a vida decidiu dar um cavalo de pau.
A força que a gente conhece na voz dele... começou a faltar. A vista escureceu. O corpo fraquejou. O ambiente familiar do estúdio se transformou em um cenário de preocupação num piscar de olhos.
A equipe técnica, aqueles heróis de bastidores que ninguém vê, foi rápida. O protocolo virou cuidado, o cuidado virou ação, e em pouco tempo, Celso estava a caminho da UPA, recebendo os primeiros socorros.
E sabe qual é a parte que mais me chamou a atenção? A lucidez dele no meio do turbilhão.
A poucos minutos atrás, troquei um palavra rapida com ele. E me contou, naquele jeito franco de quem acabou de encarar de perto a própria vulnerabilidade:
"Meu amigo, foi tudo muito rápido. A respiração foi ficando curta, a vista escureceu... Só fui me dar conta totalmente da situação quando já estava na UPA, com a equipe médica cuidando de mim. Agora estou aqui no Trianon, em observação, mas já me sinto melhor."
Ouvi isso e respirei fundo. É aquele momento que a gente pensa: "Ufa... ainda bem."
O quadro dele já apresenta melhoras significativas. É um alívio que corre por toda a cidade.
O Celso não é apenas um locutor. É um amigo particular meu e de muitos, uma voz que entrelaça as manhãs guarapuavanas há tempos. É um ícone.
Então, vou fazer aqui o que ele faz todo dia no rádio: me conectar de coração.
Celso, Pinheiro...
Guarapuava inteira está torcendo por você. A gente sabe que a sua força de sempre vai voltar com tudo. Descanse, se recupere.
O rádio e a cidade aguardam, ansiosos, pelo retorno daquela voz que é tão nossa.
Forte abraço, guerreiro. Tamo junto!
