Picanha da campanha vira miragem no prato — e até o frango resolveu se valorizar!!



A inflação anda tão criativa quanto o marketing de campanha. Dados fresquinhos do IBGE, divulgados na última sexta-feira (9), mostram que a picanha — aquele corte nobre que virou ícone eleitoral e quase patrimônio da retórica presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — subiu nada menos que 15,6% nos últimos 12 meses. Um feito digno de palanque.

Mas o drama não se resume à picanha gourmet dos comerciais de TV. Os cortes populares, os de verdade, os do dia a dia da turma do açougue da esquina, esses sim sentiram o peso da inflação com gosto: o patinho subiu 24% e o acém, 25%. Nem o frango, outrora humilde salvador das refeições do fim do mês, escapou da sofisticação forçada — subiu 9,2%. Já os ovos, tradicional refúgio proteico dos tempos bicudos, agora cobram 16,7% a mais. Vida difícil até para as galinhas.

Enquanto isso, o IPCA, termômetro oficial da carestia, avançou 0,43% em abril e acumula alta de 5,53% em 12 meses — bem acima da meta de 3% do Conselho Monetário Nacional. Mas quem está contando?

Diante da disparada, o governo resolveu agir — ou pelo menos parecer que agiu. Em março, anunciou com pompa um pacote de medidas, incluindo a isenção do imposto de importação para produtos como carne, café e açúcar. A ideia era segurar os preços com importações... de itens que o Brasil já produz (e exporta) aos montes. Brilhante.



Agora, a aposta é na supersafra de 2025 e na tímida valorização do real frente ao dólar. Resta torcer para que o campo produza milagres e que a moeda nacional continue ganhando músculos. Porque, até segunda ordem, a promessa da picanha no prato ficou só na embalagem — e nem isso está barata.

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