LULA, EM PEQUIM, VÊ SUAS ELEIÇÕES COMO UMA "REVOLUÇÃO COMUNISTA TUPINIQUIM"



Em um discurso que certamente ecoará nos corredores de Brasília e além, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ousou comparar suas vitórias eleitorais à monumental revolução comunista chinesa de 1949. A declaração, proferida nesta segunda-feira (12) no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim, reflete não apenas a ambição de Lula em alinhar sua imagem à de um transformador social, mas também seu empenho em cortejar o gigante asiático.

"É a única razão que acredito que valeu a pena a revolução chinesa. Nossas eleições no Brasil provam que, quando um governo não esquece suas origens e governa para todos, as coisas melhoram", afirmou Lula, com a convicção de quem sabe que cada palavra será dissecada. A fala, feita durante uma visita oficial à China, ocorre em um momento em que o petista busca reforçar laços econômicos e políticos com o parceiro estratégico, enquanto enfrenta críticas domésticas por desafios como a inflação e a polarização.

Lula não economizou nos números – embora sem apresentar provas concretas. Segundo ele, seus governos tiraram 54 milhões de brasileiros da miséria em uma década, enquanto o Partido Comunista Chinês (PCCh) teria resgatado 800 milhões de pessoas da pobreza em 40 anos. 

"São dois países comprometidos em apagar a chaga da pobreza", declarou, traçando um paralelo que, se ambicioso, também levanta sobrancelhas pela disparidade histórica e política entre os dois contextos.

O presidente ainda fez questão de lembrar um feito de seu primeiro mandato: ter sido o primeiro chefe de Estado a reconhecer a China como economia de mercado, um gesto que, segundo ele, pavimentou as parcerias bilaterais hoje tão vitais. Em Pequim desde sábado (10), Lula tem se desdobrado em encontros com líderes empresariais, como Gao Yunlong, da Federação da Indústria e do Comércio da China, e prepara-se para uma audiência com o presidente Xi Jinping nesta terça-feira (13). Na ocasião, promete agradecer pela "confiança no Brasil" – uma confiança que, ao que parece, Lula espera traduzir em investimentos robustos.

Nos bastidores, a equiparação de Lula entre sua trajetória e a revolução chinesa soa como uma jogada calculada: agradar os anfitriões, reforçar sua narrativa de líder popular e, quem sabe, desviar o foco das turbulências em casa. Resta saber se o público brasileiro comprará a analogia – ou se verá nela apenas mais um capítulo da retórica grandiloquente do petista.

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