A duplicação da PRC-466, uma das principais rodovias do estado, promete modernizar a infraestrutura de Guarapuava e facilitar o fluxo de veículos pela região. Mas, por trás das máquinas e operários que trabalham a todo vapor, uma realidade cruza o caminho da obra: um impasse jurídico que afeta diretamente as famílias que vivem no local, algumas delas há gerações.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), responsável pelo projeto, ainda não concluiu o processo de indenização das famílias que residem legalmente nas áreas que serão desapropriadas. Em meio a toda a movimentação da obra, apenas quatro famílias conseguiram comprovar a posse regular de suas propriedades e, até o momento, aguardam a compensação financeira devida.
Ao todo, 54 propriedades serão afetadas pela duplicação da rodovia, sendo 28 localizadas no distrito da Palmeirinha. O que deveria ser um avanço para a REGIÃO se tornou um labirinto burocrático. Muitos moradores não conseguem comprovar a titularidade de suas terras, o que gera um ciclo de incertezas. Alguns teriam adquirido os lotes de outras pessoas que já foram indenizadas no passado, são casos diferenciados, cada um com explicação diferente !
E é aí que começa o drama. O DER-PR, após críticas de moradores e da própria sociedade, suspendeu temporariamente as notificações de desocupação.
A falta de uma solução rápida e a pressão por um acordo justo fez com que uma reunião fosse marcada, com a presença de autoridades , e secretaria Municipal de Habitação, para tentar encontrar uma solução para aquelas famílias que conseguiram comprovar, bem como as demais, e mesmo assim não foram compensadas até agora.
O impasse, no entanto, não está resolvido. Segundo o DER-PR, a avaliação das famílias atingidas está sendo feita caso a caso. O que Segundo as famílias após a reunião, o tempo passou, o DER ainda não as procurou para avaliar caso a caso!! Eles ainda esperam o DEPARTAMENTO!!
Já segundo o DER, a intenção é identificar quais são as que têm direito à indenização e aquelas que terão que desocupar as áreas para que a obra siga seu curso.
Em paralelo, estuda-se a possibilidade de um novo loteamento no distrito da Palmeirinha, uma tentativa de dar um futuro àquelas famílias que, de uma forma ou de outra, se veem diante de um horizonte nebuloso.
Enquanto isso, as obras de duplicação seguem, e a previsão de conclusão está marcada para fevereiro de 2026. Mas o que parecia ser um avanço para a infraestrutura da região continua sendo um pesadelo para algumas famílias. A comunidade local observa e aguarda uma solução que pareça, ao menos, justa. E, acima de tudo, definitiva.
O que será do futuro dessas famílias? E quando o DER-PR tomará a decisão final? O tempo está correndo. O DER ainda em silêncio...