Enquanto Guarapuava clama por ações em saúde, educação e segurança, um grupo de vereadores transformou a Casa do Povo em um palco de autopromoção. Uma enxurrada de aplausos—104 apenas este ano—ameaça afogar os debates que realmente importam. Mas um grito de alerta ecoou, rompendo a cortina de fumaça: o vereador Rodrigo do Agita expôs o acordo quebrado e a farsa que consome o tempo da cidade.
Em uma live corajosa e necessária, Rodrigo do Agita não falou apenas como vereador; falou como a voz da população, cansada de ver seus representantes priorizando o espetáculo em vez do serviço. Ele mirou o alvo certo: a epidemia de Moções de Aplausos que invade a Câmara.
“Já sei que vou falar algo que vai causar problema”, começou, prevendo a reação daqueles que se acomodaram na comodidade das palmas fáceis. “Somente em um dia, foram apresentados cerca de 10 ou 11 Requerimentos. Não sou contra homenagens, mas sim contra o desperdício do tempo público. Estamos lá para discutir os problemas da cidade, não para transformar a tribuna em um palco de palmas.”
O Acordo Silencioso que a Maioria Ignorou
E a denúncia vai mais fundo. Rodrigo revelou um acordo interno, uma promessa de moderação para salvar o tempo da Casa: as moções seriam concentradas em apenas uma sessão por mês. Um pacto em nome da eficiência. Um pacto que foi rasgado e esquecido pela maioria.
Os números, frios e incontestes, desmascaram os protagonistas desse teatro. O ranking oficial da Câmara é um retrato de prioridades distorcidas:
Os Campeões das Palmas: Rita Felchack (18), Pablo (17), Paulo Lima (16), Pedro Moraes (13) e Buiu (12).
Os Focus no Serviço: Kenny, Rodrigo do Agita e Cristovão da Cruz (1 cada); Terezinha Daiprai e Sérgio Kiçula (2 cada).
A pergunta que todo cidadão deve fazer é clara: Onde está o seu vereador? Na busca por holofotes ou na luta por soluções?
O alerta de Rodrigo do Agita é um divisor de águas. Ele não ataca pessoas, mas defende um princípio sagrado: o respeito ao contribuinte e à sua demanda por resultados. Uma Moção de Aplausos tem valor quando é rara, sincera. Quando vira rotina, perde o significado e se torna um obstáculo ao progresso.
A batalha em Guarapuava não é entre partidos. É entre quem quer aplaudir e quem quer agir. É entre a Câmara do Espetáculo e a Câmara do Trabalho. Rodrigo do Agita escolheu seu lado. E, com a força da verdade, convoca a população para saber de que lado está o seu vereador.
