O que aconteceu
A facção era chefiada por ela e pelo marido, segundo a Polícia Civil. Ele também foi preso
preventivamente.
Outros quatro suspeitos também foram pegos na operação. Entre eles está uma advogada e supostos laranjas do esquema.
A Polícia Civil estima que mais de R$ 20 milhões de origem
ilícita foram movimentados pela organização ao longo de oito anos.
Os policiais também cumpriram
mandados de busca e apreensão. Foram levados dois veículos de alto padrão, R$ 15 mil em
espécie, nove celulares, documentos, uma arma de fogo, uma máquina de contar
dinheiro e máquinas de cartão em nome de terceiros.
Ainda foi determinado o
sequestro de imóveis, que inclui um apartamento de R$ 2 milhões. Os suspeitos tiveram bens, valores em contas bancárias , aplicações financeiras bloqueadas.
O esquema
As investigações, iniciadas em março de 2023 , apontam que a facção
utilizava várias formas para lavar dinheiro.
A ação aconteceu
simultaneamente nos municípios de Apucarana, Londrina, Cambira, São João do
Ivaí e Borrazópolis.
O presidente da Câmara de
Cambira, Rodrigo Rodrigues (MDB), disse que recebeu a prisão com
"surpresa". Por meio de nota divulgada pela Casa de leis ontem quarta-feira (24), o
parlamentar também afirma que a
Câmara , ainda não havia sido notificada oficialmente
Segundo o delegado Ricardo Casanova, o principal meio no esquema era a
compra de estabelecimentos comerciais, como postos de combustíveis em
Apucarana, São João do Ivaí e Borrazópolis.
Casanova afirmou que
"praticamente todos os valores que entravam na conta dessas pessoas não
tinham a origem comprovada". "Circulavam milhões de reais enquanto eles declaravam
ganhos de R$ 14 mil a R$ 30 mil anuais".
Os suspeitos deverão responder
pelos crimes de associação criminosa e de lavagem de dinheiro, com penas
que podem chegar a mais de dez anos de prisão. A investigação segue para apurar outros fatos e identificar
mais possíveis envolvidos.