EDUCADORES DA REDE MUNICIPAL DE GUARAPUAVA PARTICIPAM DE CAPACITAÇÃO SOBRE PERSPECTIVAS INCLUSIVAS PARA CRIANÇAS COM TEA

 




O evento reuniu aproximadamente 800 profissionais no auditório Professor Francisco Contini para idealizar e garantir metodologias estratégicas que atendam às necessidades específicas de cada criança diagnosticada com o transtorno. 

 

Na ultima  sexta-feira (17), o auditório Professor Francisco Contini Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), recebeu cerca de 800 educadores de CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil) e profissionais de apoio da rede municipal de Guarapuava para a formação Perspectivas Inclusivas para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

 


O objetivo da ação, realizada pela Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), é proporcionar a igualdade de oportunidades e inclusão dentro de sala de aula, por meio de identificação e compreensão do transtorno. 

 

“O TEA é um transtorno neurodesenvolvimento que afeta a maneira como as pessoas se comunicam, interagem e aprendem. Cada indivíduo apresenta características únicas, e por isso é fundamental que as educadoras estejam preparadas para atender às suas necessidades específicas no ambiente escolar. Através da formação, as educadoras estarão mais capacitadas para atender às necessidades dos alunos com TEA, contribuindo no conhecimento, compreensão e identificação de sinais do transtorno”, sublinhou a secretária de Educação, Rejane Corrêa da Luz.

 

A capacitação foi ministrada pela mestre em Educação, Paloma Oliveira Ratuchene, e estruturada para proporcionar conhecimentos com estratégias pedagógicas que atendam às necessidades específicas das crianças, promovendo a integração social e a participação ativa.

 

“Essa formação envolve educação infantil, educação especial e um olhar para o transtorno do espectro autista, especificamente as crianças pequenas de 0 a 5 anos. Ela aborda principalmente a parte teórica, de contextualização, para que eu possa dar embasamento para a prática que eu vou trazer. Porém a prática, como são muitas pessoas, eu não consigo trazê-las para fazer, mas eu vou fazendo e demonstrando nos exemplos”, ressaltou Paloma. 

 

A rede municipal de ensino de Guarapuava possui cerca de 360 alunos diagnosticados com TEA. As Salas de Recursos Multifuncionais distribuídas entre as unidades oferecem acompanhamento especializado e de apoio aos alunos com recursos pedagógicos, tecnológicos e acessíveis. Entretanto, os espaços não substituem as salas de aula, já que são voltados para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno escolar. Sendo assim, os profissionais de todos os anos/séries devem estar capacitados para promover uma educação verdadeiramente inclusiva. 

 

“A primeira coisa é a perspectiva inclusiva. Nós temos agora diversidade posta dentro das instituições e eu acredito que isso é muito benéfico para todas as crianças de uma forma geral, porque ela traz integração, relações, o desenvolvimento cultural, político e educacional dessas crianças, principalmente para que as professoras possam ter subsídios de como promover essa inclusão dentro das escolas, dos CMEIs, para que a criança tenha um acolhimento necessário dentro da sua especificidade”, complementou a palestrante. 

 

A equipe da Secretaria Municipal de Educação também marcou presença no evento. A assessora do Departamento de Educação Especial da SME, Elizana Gomes, relatou que a formação é de grande valia, uma vez que o objetivo é capacitar os profissionais para proporcionar um ambiente escolar inclusivo.

 

“A formação busca equipar os educadores e os profissionais de apoio com o conhecimento, as habilidades e a sensibilidade para promover um ambiente escolar verdadeiramente positivo e inclusivo, que respeite e valorize as diferenças e potencialidades de cada criança ou estudante com TEA. Acredito que é uma formação necessária para toda a educação de Guarapuava”, afirmou.

 

O CMEI João Paulo II possui 8 alunos diagnosticados com o TEA. O diretor da unidade, Regis Silva, destacou a importância dos profissionais estarem capacitados para atuar com alunos inclusos. “Esse é um tema que está muito em alta, algo que a gente precisa muito, então essa formação vem de encontro com a necessidade que nós temos nas unidades. Hoje, temos um grande número de alunos inclusos e esse encontro traz a parte da legalidade de formação legal para como trabalhar com esses alunos. A expectativa é que a gente possa vivenciar essa teoria aqui e levar essa prática para dentro das unidades, para estar desempenhando junto com os alunos que estão na rede o que a gente está ouvindo e aprendendo hoje“, ressaltou Regis.

 

A educadora Julia Cristina Manfio, do CMEI Izabel Oliveira de Pacheco, participou da formação no período matutino. A docente afirmou que a abordagem vai facilitar a experiência dentro de sala de aula, evitando crises dos alunos e proporcionando um ambiente de melhor aprendizado. 

 

“Trabalhar com inclusão é sempre um desafio e eu acredito que a inclusão é uma realidade, mas sempre tem coisas novas e a gente sempre se depara com um desafio novo a cada dia, com cada aluno que surge na nossa unidade. Essa formação, acho que vem de encontro, unindo um pouquinho da teoria e a segunda parte, que ela continuou com a prática, vem nos dando suporte e estratégias para trabalhar com esses alunos. Eu acredito que tudo juntando ali com o início da teoria e com essa prática que ela iniciou, são possibilidades que dão uma gama de conhecimento bem interessante para todos”, finalizou a educadora. 

Para ver as fotos do evento, basta clicar 

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