Na semana passada, Guarapuava foi o cenário de um desfile de figuras proeminentes da política nacional, mas o que deveria ser uma oportunidade de diálogo e transparência se transformou em um espetáculo de evasão. Entre os muitos deputados e deputadas que passaram pela cidade para apoiar seus candidatos a prefeito, apenas um se destacou pela coragem de abrir as portas da comunicação: o ex-deputado federal Deltan Dallagnol.
Convocou e conversou com a Imprensa
Dallagnol, conhecido por seu papel na Lava Jato e por ter conquistado mais de 345 mil votos, foi o único a convocar a imprensa para um diálogo aberto em entrevista coletiva , respondendo a perguntas de jornalistas, radialistas e blogueiros sem qualquer triagem. Em tempos em que a transparência política é mais necessária do que nunca, sua atitude se destaca em um mar de silêncio.
O Silêncio dos "Pop Stars" da Política
Enquanto isso, outras "lideranças" que se autodenominam representativas da população preferiram se cercar de uma mídia “amiga”, evitando qualquer tipo de confronto ou questionamento mais incisivo. O senador Sergio Moro, por exemplo, fez sua aparição em Guarapuava, mas optou por não conceder entrevistas coletivas, limitando o acesso da imprensa a sua pessoa .
Gleisi Hoffmann igual a Moro na Escolha da Mídia?
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também marcou presença em uma caminhada pelo centro da cidade, mas, assim como Moro, preferiu se esquivar de um debate aberto com jornalistas. Mesmo diante do interesse dos repórteres em discutir suas propostas e posicionamentos, afinal ela represeta o presidente da República. Gleisi escolheu se comunicar apenas com veículos de imprensa selecionados, que, sem dúvida, fariam perguntas que lhe favoreciam.
Um Chamado à Transparência
Esse cenário de desinteresse pela comunicação aberta levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos políticos em se expor à imprensa e à população. Em um momento em que a confiança nas instituições está em jogo, é essencial que as lideranças mostrem disposição para dialogar, prestar contas e, acima de tudo, ouvir as vozes da sociedade.
O ato de Deltan Dallagnol de se abrir à imprensa deve ser celebrado como um exemplo a ser seguido. Que os políticos entendam que a transparência não é apenas uma opção, mas uma obrigação. Afinal, a verdadeira democracia se constrói com diálogo, e não com muros.