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Após um mandato marcado por controvérsias, o agora ex-prefeito Celso Góes (CIDADANIA23) decidiu não comparecer à cerimônia de transmissão de cargo que ocorrerá amanhã, 1º de janeiro. A decisão vem à tona em meio a um clima de revolta popular, especialmente após a renovação de um contrato de dez anos com a empresa de ônibus “Pérola do Oeste”, que muitos guarapuavanos consideram uma exploração.
Protestos e Revolta Popular
Góes, que ficou em terceiro lugar nas eleições municipais, optou por se ausentar da cerimônia em parte por temor de protestos. A insatisfação da população se intensificou com a possibilidade de aumento nas tarifas de transporte, afetando diretamente a vida dos cidadãos que mais precisam. O ex-prefeito, ao felicitar seu sucessor, Denílson Baitala (PL), deixou claro que não pretende participar de um evento que poderia se transformar em um palco de manifestações contra sua gestão.
A Justificativa de Góes
Em um ofício enviado a Baitala e sua vice, Rosângela Virmond (PSD), Góes argumentou que a cerimônia é um ato simbólico e discricionário, não exigido por lei. Contudo, essa ausência tem um peso significativo, pois a transmissão de cargo é uma tradição que simboliza a democracia e a alternância de poder. A falta de respeito a essa prática pode ser vista como um reflexo da desunião e do descontentamento que permeiam o cenário político local.
Memórias Amargas
A transição de poder, que um dia foi marcada por momentos de celebração quando Góes recebeu "as chaves do Paço" de César Filho, agora é envolta em um clima de amargura e rancor. Após a derrota eleitoral, Góes tem buscado reafirmar seus feitos nas redes sociais, enquanto trabalha nos bastidores para limitar a nova gestão. Medidas como a prorrogação do contrato de transporte coletivo e a restrição no remanejamento de recursos são vistas como tentativas de sabotar a administração que se inicia.
O Clamor por Mudança
Os rumores sobre conflitos nos bastidores da administração de Góes são frequentes, com relatos de xingamentos e desentendimentos. A insatisfação popular é um forte indicativo de que a gestão foi marcada por descontentamento e falta de diálogo. A música “Assim Caminha a Humanidade”, de Lulu Santos, poderia bem descrever o clima: “com passos de formiga e sem vontade”. Esse estado de espírito reflete a necessidade urgente de reconciliação e maturidade política.
Uma Última Mensagem
Apesar das controvérsias, Góes encerra seu ofício com votos de sucesso a Baitala, uma cordialidade que parece destoar da realidade política atual. Os guarapuavanos esperam que essa nova administração traga não apenas mudanças administrativas, mas também um novo espírito de colaboração e respeito à vontade popular.
Com a população em alerta e atenta a cada movimento, a expectativa é que a nova gestão se comprometa a ouvir as vozes que clamam por justiça e melhorias. O futuro de Guarapuava está em jogo, e a comunidade não pretende ficar em silêncio.