A divulgação do
Índice de Transparência Pública (ITP-TCE/PR) de 2024, trouxe uma
notícia preocupante para a Câmara Municipal de Guarapuava: a
instituição perdeu o selo Diamante de Transparência. Este selo, o
mais alto nível de transparência pública, é concedido pelo
Tribunal de Contas do Estado (TCE) a entidades que atendem a 95% dos
critérios estabelecidos.
O Que é o ITP?
O ITP é
uma ferramenta essencial para avaliar o grau de transparência dos
portais eletrônicos dos órgãos públicos. O tribunal envia um
questionário que abrange vários aspectos, como:
Disponibilidade
de informações sobre recursos humanos
Receita e
despesas
Licitações
Regulamentação e divulgação de
leis
A Importância da Transparência
Esse índice é
parte do Programa Nacional de Transparência Pública, que analisa a
transparência ativa nos sites institucionais nas três esferas de
governo.
A transparência pública é fundamental para garantir
a responsabilidade e a prestação de contas dos órgãos
governamentais. O TCE avalia a conformidade das entidades medindo em
parceria com a sociedade o grau de transparência dos portais
eletrônicos dos entes públicos. Os dados disponibilizados nos
portais devem estar de acordo com o que prevê a Lei de Acesso à
Informação (LAI) respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD). A integração dessas leis é crucial para proteger os dados
pessoais e garantir o acesso à informação pública.
O
Desempenho da Câmara Municipal
A Câmara de Guarapuava teve
avaliação baixa em quesitos relacionados à Lei Geral de Proteção
de Dados (LGPD). Essa falha impactou diretamente na média que
determinou o índice de transparência da instituição.
Questões
em Aberto e participação de Vereador em Florianópolis
A situação levanta importantes questionamentos. A
participação do vereador Danilo Dominico em um seminário em
Florianópolis Santa Catarina, com diárias pagas para o mesmo e um
assessor, é vista com estranheza, pois a responsabilidade pela
divulgação dos dados e implementação da LGPD não deveria ser
atribuída a servidor efetivo?
A dúvida persiste: deveria um vereador estar presente em um evento de caráter técnico, ou seria mais apropriado que o responsável pela área representasse a Câmara?
Especialmente por se
tratar de um tema que a Câmara precisa melhorar sua avaliação no
ITP do TCE/PR
A diretoria de Comunicação da Câmara consultada pelo GUARAPUAVA FATOS, ENVIOU A SEGUINTE RESPOSTA :
"Todos os atos do Poder Legislativo são tomados com base e em obediência à legislação.
Em relação às diárias ao Vereador Danilo Dominico e seus assessor de Gabinete, igualmente a concessão para a realização do aludido curso atendeu aos ditames da LEI Nº 2.691, DE 06 DE SETEMBRO DE 2017, que regula a matéria no âmbito deste Poder.
Os cursos ou eventos de formação são de livre escolha do parlamentar interessado, que exerce mandato eletivo com, entre outras atribuições, exercer a fiscalização sobre atos e fatos administrativos dos poderes Executivo e Legislativo. Deve ser comprovada a participação e submetido o conteúdo programático ao Controle Interno, sob pena de, não atendidos os requisitos, ser descontado o valor recebido em folha de pagamento do solicitante.
Quanto aos servidores efetivos, o Poder Legislativo regularmente concede formações e participações em cursos, visando o aprimoramento funcional constante para a melhor prestação do serviço público aos cidadãos guarapuavanos."
ALERTA
A perda do selo Diamante é um
alerta para a Câmara de Guarapuava. A transparência é um
compromisso que deve ser priorizado, e a responsabilidade não pode
ser delegada. A presidência da Câmara precisa se
pronunciar e retomar as medidas necessárias para recuperar esta posição no ITP .
O Guarapuava Fatos , continua aberto aos
esclarecimentos e ações para a CM conseguir novamente a posição em destaque frente ao Tribunal de Contas !
Para mais detalhes sobre a transparência
pública, acesse o link do Radar da Transparência: Radar daTransparência Pública.
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