GUARAPUAVA – A noite deste domingo, 22 de junho, foi marcada por tensão no bairro Boqueirão. Por volta das 21h04, o que parecia ser apenas mais uma reclamação comum por perturbação do sossego, acabou se tornando um caso que mobilizou a Polícia Militar e trouxe à tona um conflito entre vizinhos.
O pedido de socorro partiu de um homem de 60 anos, morador da região. Ele relatou, em claro desespero, que convivia há meses com o barulho incessante de um cão da raça Pitbull, pertencente ao vizinho de 35 anos. O animal, segundo o solicitante, latia sem parar, o que impedia qualquer tipo de descanso. O barulho se transformou em uma tortura diária, tornando o lar do idoso um verdadeiro campo de batalha do silêncio perdido.
Mas o problema não se limitava ao barulho. O idoso revelou algo ainda mais grave: o cão já o havia mordido em uma data anterior. A agressão, que poderia ter sido um simples incidente, gerou consequências sérias. O tutor do animal, talvez buscando controlar a situação, decidiu acorrentar o Pitbull. Porém, essa ação, longe de resolver, apenas agravou o problema. O animal, sem liberdade de movimento, passou a latir ainda mais – e a tensão entre os vizinhos foi atingindo níveis insustentáveis.
A situação, que já beirava o limite do insuportável, levou o homem a procurar a Polícia Militar, buscando seu direito de representação contra o responsável pelo cão. Ambos, o solicitante e o tutor do animal, foram conduzidos ao cartório do 16º Batalhão da Polícia Militar, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado, documento que registra infrações de menor potencial ofensivo.
A ocorrência foi registrada conforme o artigo 42 do Código de Contravenções Penais, que trata da perturbação do trabalho ou do sossego alheio. O desfecho desse episódio ainda está por vir, mas o tutor do cão pode, sim, ser responsabilizado judicialmente, caso o caso siga seu curso.
