Imagem ilustrativa GFatos
GUARAPUAVA – Eram 00h06 desta madrugada de segunda-feira, 23 de junho, quando a escuridão tranquila de Entre Rios, distrito de Guarapuava, foi rasgada pelo desespero. Uma jovem de apenas 21 anos, com o rosto marcado pelo pânico e as roupas cobertas de barro, correu pelas ruas pedindo ajuda. Ela dizia, entre lágrimas: "Ele me bateu... cuspiu no meu rosto..."
Segundo relato da Polícia Militar, a jovem contou ter sido agredida pelo companheiro, um homem de 32 anos, que, durante uma discussão, a empurrou e cuspiu nela. O mais angustiante? Na fuga desesperada, a jovem deixou sozinha em casa a filha do casal, uma bebê de apenas três meses.
Quando a polícia chegou, encontrou o agressor visivelmente embriagado, com comportamento hostil. Não colaborou. Não ouviu. Não respeitou. Foi necessário o uso de técnicas de imobilização e algemas. Só assim, foi levado à viatura.
A bebê foi resgatada. Está segura. Está bem. Mas a cena ficará para sempre na memória da mãe – e, um dia, poderá ecoar nos olhos da filha.
Ambos, agressor e vítima, foram encaminhados à Delegacia de Polícia Judiciária. O homem poderá responder por lesão corporal no contexto da Lei Maria da Penha, além de resistência à prisão. A Polícia Civil investiga o caso.
Um drama real. Um retrato da violência que se esconde dentro de tantas casas, calado, abafado pelos gritos silenciosos do medo.
Se você sofre ou conhece alguém em situação de violência, não se cale. Denuncie. Ligue 180. A sua voz pode salvar uma vida.