Operação Rota 466: Policiais rodoviários do Paraná são alvos em megaoperação contra corrupção e crime organizado



Por Roberto Lobo 


GUARAPUAVA (PR) — Uma rede de corrupção envolvendo policiais militares rodoviários no Paraná foi desmantelada nesta terça-feira (03/06) em uma ação coordenada pelo Ministério Público do Estado. A Operação Rota 466, executada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarapuava, cumpriu 29 mandados de busca e apreensão e um de busca pessoal em 10 cidades, incluindo São José dos Pinhais, Cascavel e Ponta Grossa em Guarapuava, assessor da Câmara Municipal foi preso  (  matéria) 


Dois suspeitos foram presos em flagrante por posse ilegal de armas, e R$ 37 mil em dinheiro, dois veículos, celulares e outros equipamentos eletrônicos foram apreendidos. Além disso, oito PMs foram afastados das ruas, com armamentos e fardamentos recolhidos. 

As investigações apontam para um esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e até parceria com saqueadores de cargas.


O Esquema: De multas a saques em acidentes

Segundo as investigações, os policiais rodoviários atuavam na PR-466, trecho entre Guarapuava e Pitanga, onde abordavam motoristas que cometiam infrações e exigiam propina para não multá-los. Os valores variavam de R$ 150 a R$ 5 mil por condutor.


A quadrilha usava "laranjas" para receber o dinheiro via PIX. Em apenas um dia, uma dessas contas chegou a registrar sete transferências de propina. Mas o esquema não parava aí.


Policiais aliados a saqueadores de cargas

Os investigadores descobriram que os mesmos PMs fecharam acordo com um grupo criminoso especializado em saquear cargas de acidentes. Em alguns casos, os policiais permitiam que os bandidos agissem livremente, mesmo após chegarem ao local dos sinistros.


A operação teve apoio da Corregedoria da PM e os mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar. Além dos policiais, as buscas atingiram 20 pessoas e três empresas suspeitas de participação no esquema.


Próximos passos

O Gaeco agora analisa os materiais apreendidos para identificar mais envolvidos e o volume total desviado. As investigações devem se aprofundar, com possíveis novas prisões e bloqueios de bens.


Enquanto isso, os oito PMs afastados aguardam processo disciplinar, podendo responder por concussão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


(*) Com informações do Ministério Público do Paraná e apuração de fontes policiais.

GUARAPUAVA FATOS

Noticias baseadas em fatos. O ponto de vista de quem vive os problemas e transformações desta cidade e região! Produção de vídeo matérias, exclusivas !!

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem