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Neste mês , 20 trabalhadores foram resgatados em condições de trabalho análogo à escravidão na fazenda Eliane Raquel e Quinhão em Nova Maringá (MT). As vítimas, sendo um adolescente de 17 anos, foram contratadas pela empresa T.F. Zimpel.
A atual proprietária é Taiany Franca Zimpel, que se divide entre negócios da família no setor madeireiro e concursos de beleza, tendo sido eleita Miss Mato Grosso (2016) e miss Mato Grosso Internacional (2024).
No Facebook, entre as publicações ostentando drinks à beira da piscina, looks glamourosos e faixas de miss, há outras em que ela procurava um caminhão para transporte de madeira e anunciava a venda de lenha nativa “de alta qualidade”.
As condições de trabalho de quem realizava o serviço, no entanto, ficavam longe do alto padrão. Contratados para trabalhar no corte e empilhamento de madeira, os trabalhadores resgatados não tinham acesso às estruturas básicas para higiene e conforto, como água potável e banheiro.
Segundo o MPT, eles dormiam em camas improvisadas, com colchões velhos e sujos sobre tábuas e toras. Um único barraco, feito de lona e madeira, abrigava 13 trabalhadores. Os demais ficavam em outro barraco, também sob condições precárias: dormindo em redes, num ambiente sem ventilação, onde dividiam espaço com tambores de óleo e combustíveis.
Com base nas provas colhidas, o órgão confirmou a responsabilidade da empresa e dos proprietários da fazenda. Os responsáveis receberam uma multa por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão, a ser destinado a um projeto que realiza ações de combate ao trabalho escravo.
O caso dos 20 trabalhadores resgatados não é o único relacionado à família Zimpel. Em setembro de 2024, um homem ingressou na justiça com uma reclamação trabalhista e ação de danos morais contra a empresa que, naquela época, estava em nome de Elton Renato Hollenbach Zimpel, pai de Taiany.
