Alexandre Curi (Foto: Orlando Kissner/Alep)
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Alexandre Curi, entrou em campo de batalha. E a trincheira dele são as redes sociais.
O alvo? Um decreto do governo federal, o de número 12.686, que trata da Política Nacional de Educação Especial Inclusiva.
Na visão do deputado, o governo Lula decidiu atropelar um modelo que, no Paraná, é considerado uma referência. E qual é esse modelo? O das APAEs.
Agora, prestem atenção no ponto crucial do embate:
O decreto federal determina que o atendimento educacional especializado deve acontecer, preferencialmente, dentro da escola regular. Ou seja, na sala de aula comum. As instituições especializadas, como as APAEs, passam a ser a exceção, e não mais a regra.
Curi rebate: no Paraná, esse trabalho já é um caso de sucesso. São mais de 400 APAEs atendendo cerca de 50 mil pessoas. Ele defende a bandeira da "inclusão com responsabilidade".
A pergunta que fica, e que o deputado joga para o governo, é simples: por que desmontar uma estrutura que, segundo ele, funciona com excelência e resultados concretos?
UM DEBATE ESPINHOSO EM DEFESA DE UMA CAUSA JUSTA
O debate é espinhoso. De um lado, a visão de que a inclusão só é real dentro do ambiente escolar regular. Do outro, o argumento de que desconsiderar instituições com décadas de expertise é um tiro no pé – um ato burocrático e ideológico que ignora a realidade das famílias.
Alexandre Curi pega o microfone do Parlamento paranaense e joga a questão no colo do Planalto: as políticas públicas, ele diz, precisam ser construídas com quem vive o problema na pele.
E no centro dessa discussão, estão mais de 50 mil paranaenses que dependem dessas instituições. O governo federal deu seu passo. Agora, a reação no estado é essa: um repúdio em letras maiúsculas.
