Hipocrisia : quem foi
confessadamente corrupto permanece ileso, sem punições e pior, ainda preside
esta casa de lei.” Afirma Freitas
O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) julgou ontem terça-feira (20) a representação por quebra de decoro parlamentar contra Renato Freitas (PT), denunciado por Ademar Traiano (PSD), pela afirmação no plenário que o presidente da Alep é corrupto, durante sessão realizada no último mês de outubro.
O GUARAPUAVANO ARTAGÃO VOTA POR ADVERTÊNCIA A FREITAS
O Deputado foi condenado à
advertência escrita por três votos a dois! Além
de Artagão Junior, o relator do caso, Matheus Vermelho (PP), e Tercílio
Turini (PSD) votaram também pela advertência escrita. Já os deputados Do Carmo (União)
e Ana Júlia (PT) votaram pela absolvição de Freitas.
FREITAS PROCESSA TRAIANO –
ADMITIU PROPINA ?
Na mesma sessão, houve a abertura de
investigações de processos de quebra de decoro parlamentar, entre eles, a
representação de Renato Freitas contra Traiano pela negociação e recebimento de
propina, admitida pelo presidente da Casa em acordo firmado com o Ministério
Público e homologado pela Justiça.
O processo foi despachado pela Mesa Diretora da Alep no final da tarde desta segunda-feira (19) para o Conselho de Ética, que recebeu o requerimento às 18h20, conforme Jacovós.
“Acrescentei na
pauta de hoje e já nomeei como relator o deputado Mateus Vermelho, que tem
prazo de cinco sessões para apresentar um parecer se admite como processo ou
arquiva o procedimento. É a fase de admissibilidade”, diz ele.
Em nota, a assessoria de Freitas
classifica a advertência recebida como “flagrante hipocrisia evidenciada pelos
que há tempos buscam a cassação do mandato do deputado”.
Renato Freitas argumenta que a punição foi motivada pelo fato de o parlamentar ter afirmado que Traiano é corrupto, o que de acordo com Freitas revela
“a falta de vontade
política em enfrentar a realidade, enquanto quem foi confessadamente corrupto
permanece ileso, sem punições e pior, ainda preside esta casa de lei.”
Ademar Traiano respondeu via assessoria de imprensa que não deve se manifestar sobre o processo no Conselho de Ética.
“O deputado avalia que qualquer manifestação sobre isso no momento poderia ser
interpretada como interferência indevida no trabalho do Conselho.”