“Vaza Toga”? Mais de 6GB de mensagens e áudios entre assessores de Alexandre de Moraes foram vazados e mostraram que o ministro usava o TSE fora do procedimento legal. | ||
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O que foi revelado? Por pelo menos duas dezenas de vezes, o principal assessor do ministro do STF, cumprindo ordens do chefe, pediu que o TSE produzisse relatórios sobre aliados de Jair Bolsonaro. | ||
Acontece que essas ordens aconteciam por um grupo de WhatsApp criado pelo próprio ministro. Ou seja, nada disso era feito seguindo o rito legal, nem era citado nos processos. | ||
Inclusive, um dos assessores alerta para a necessidade de “tomar cuidado com essas coisas saindo do TSE”, chegando a cogitar criar um e-mail falso para enviar uma denúncia — para não parecer algo esquematizado. | ||
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Depois, esses relatórios feitos pelo TSE a mando do Moraes foram usados pelo próprio Moraes para embasar decisões contra influenciadores e políticos de direita — como cancelamento de passaportes, bloqueios em redes sociais e depoimentos à PF. | ||
O grande ponto: As mensagens vazadas provam que, na prática, Alexandre de Moraes atuou, ao mesmo tempo, como investigador (colhendo provas), acusador (acusando pessoas de crimes) e também julgador (avaliando e condenando os envolvidos). | ||
Como foi a repercussão disso em Brasília? | ||
Deputados e senadores da oposição querem uma CPI para investigar o caso no Congresso e a instalação de um processo de impeachment contra Moraes do STF — que depende 100% do Pacheco, presidente do Senado. | ||
O que disse o ministro? Moraes soltou uma nota afirmando que todos os procedimentos foram “oficiais e regulares”, e que o TSE tem o devido poder de polícia para produzir relatórios. | ||
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