Incio da noite por volta das 18h53, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma grave ocorrência de violência doméstica no bairro Vila Bela, em Guarapuava. De acordo com o boletim de ocorrência, um homem descumpriu uma medida protetiva de urgência e ameaçou mãe e filha — de 47 e 17 anos — com um martelo, além de prometer incendiar a residência.
Ameaça com martelo e tentativa de intimidação
As vítimas relataram à equipe policial que o ex-convivente da adolescente, contra quem há uma medida protetiva em vigor, foi até a casa onde ambas moram e passou a ameaçá-las de forma agressiva. Segundo a denúncia, o homem portava um martelo e dizia que queria retirar alguns objetos pessoais que ainda estariam no imóvel.
Durante o confronto verbal, o suspeito ainda teria feito novas ameaças, afirmando que retornaria posteriormente para atear fogo na residência. O comportamento intimidatório e violento causou forte abalo emocional às vítimas, especialmente à adolescente, que vive sob proteção judicial justamente para evitar novos episódios de agressão.
Suspeito não foi localizado
Logo após o chamado, a Polícia Militar realizou patrulhamento intensivo pela região da Vila Bela, mas não conseguiu localizar o suspeito. Ele fugiu do local antes da chegada da viatura. Até o momento, não há informações sobre seu paradeiro.
As vítimas foram devidamente orientadas quanto aos procedimentos legais cabíveis e informadas sobre a importância de registrar novos incidentes para fortalecer a solicitação de proteção junto ao sistema judiciário. O caso será encaminhado à Delegacia da Mulher para apuração e possível pedido de reforço das medidas protetivas já vigentes.
Violência contra a mulher e a importância da denúncia
O episódio reforça a gravidade dos casos de violência contra a mulher e adolescentes em Guarapuava, além de destacar o risco real representado pelo descumprimento de medidas protetivas. Segundo dados do Tribunal de Justiça do Paraná, em muitos casos, a reincidência de agressões ocorre justamente quando o agressor não é imediatamente responsabilizado após desobedecer ordens judiciais.
Especialistas reforçam a importância de denunciar qualquer tentativa de intimidação e buscam lembrar que a violência doméstica não se limita apenas às agressões físicas: ameaças, perseguições e o descumprimento de medidas judiciais também configuram crimes graves.
Rede de proteção
A cidade conta com o apoio da Delegacia da Mulher, da Patrulha Maria da Penha e da Secretaria da Mulher, que oferecem suporte psicológico, jurídico e social às vítimas de violência. Além disso, o aplicativo Maria da Penha Virtual e o número 180 funcionam como canais diretos para denúncias e orientações.
O caso segue sob investigação, e a Polícia trabalha para localizar o suspeito e garantir a segurança das vítimas.
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