Na noite desta segunda-feira (26 de maio), por volta das 22h25, um caso de emergência mobilizou rapidamente as forças de segurança e saúde em Guarapuava (PR). Uma recém-nascida sofreu uma obstrução das vias aéreas após se afogar com leite materno no bairro Vila Bela. Graças à atuação ágil e coordenada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, a criança foi estabilizada e levada, junto à família, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
De acordo com a ocorrência, os pais da bebê entraram em pânico ao perceber que a filha havia engasgado. Em estado de desespero, acionaram o socorro imediatamente. A primeira equipe a chegar foi a da Polícia Militar, que prestou os primeiros atendimentos e orientações aos pais, confirmando que a recém-nascida já havia sido desafogada com sucesso antes da chegada dos bombeiros.
Na sequência, o Corpo de Bombeiros assumiu o atendimento e realizou os procedimentos de avaliação clínica. A família foi conduzida até a UPA, onde a bebê passou por cuidados médicos especializados para garantir que não houvesse complicações secundárias.
Além da criança, o pai, um jovem de 23 anos, também precisou de atendimento médico após passar mal em razão do estresse emocional causado pela situação.
Risco comum e que exige atenção imediata
Casos de engasgo com leite materno são mais frequentes do que se imagina, especialmente em recém-nascidos e bebês de até seis meses. A obstrução das vias aéreas superiores pode ocorrer de forma súbita e, quando não tratada imediatamente, representa risco grave à vida.
O episódio em Guarapuava ilustra a importância de os responsáveis estarem atentos aos sinais de engasgo e saberem como agir corretamente. Entre os sintomas mais comuns estão a interrupção do choro ou da respiração, mudanças na coloração da pele e movimentos involuntários.
Primeiros socorros: o que fazer em casos de engasgo infantil
Especialistas alertam que, em situações de obstrução das vias aéreas em bebês, o tempo de resposta é crucial. A técnica mais indicada para recém-nascidos e lactentes menores de um ano é a manobra de desobstrução com cinco tapotagens nas costas, intercaladas com compressões torácicas, conforme orientação do Ministério da Saúde e das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Além disso, pais e cuidadores podem buscar capacitação básica em primeiros socorros. Diversas instituições e hospitais oferecem cursos presenciais ou online com foco em atendimento de emergência em crianças.
Integração entre forças de emergência salva vidas
A ocorrência desta segunda-feira também reforça a importância da atuação coordenada entre Polícia Militar e Corpo de Bombeiros em situações críticas. A chegada rápida dos policiais, aliada ao suporte técnico dos bombeiros, permitiu que a família fosse atendida de maneira eficaz.
“Cada segundo conta em casos como esse. A articulação entre os órgãos de segurança e saúde é fundamental para salvar vidas, especialmente de bebês e crianças pequenas”, destaca um dos profissionais envolvidos na ocorrência, que preferiu não ser identificado.
UPA realizou acompanhamento completo da recém-nascida
Após o atendimento emergencial, a bebê foi acolhida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapuava, onde passou por exames clínicos para avaliação respiratória e monitoramento. Até o momento, o quadro da criança é estável e ela segue em observação.
A mãe, visivelmente abalada com o ocorrido, permaneceu ao lado da filha durante todo o atendimento, enquanto o pai, após ser medicado e estabilizado, também reencontrou a família na unidade de saúde.
Orientação e preparo podem evitar tragédias
Casos de engasgo não são raros, mas o desfecho positivo depende, em grande parte, da rapidez e preparo dos envolvidos. A ocorrência serve como alerta para famílias de recém-nascidos e bebês: situações como essa podem ocorrer em qualquer momento e exigem calma, conhecimento e apoio profissional.