'As pedras do vizinho': mulher denuncia ataques recorrentes ao telhado em Guarapuava




Moradora da Vila Carli afirma que vizinho de 20 anos já danificou o telhado de sua casa diversas vezes com pedradas


Uma moradora da Vila Carli, em Guarapuava, vive dias de tensão e prejuízos causados por um vizinho que, segundo ela, tem o hábito de atirar pedras sobre o telhado de sua casa. 

O caso mais recente aconteceu na segunda-feira, dia 7 de abril, por volta do meio-dia, quando a mulher de 35 anos acionou a Polícia Militar após mais um ataque com pedras, que danificaram várias telhas da residência.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que o autor seria um jovem de 20 anos, morador dos fundos do mesmo terreno. Segundo ela, essa não foi a primeira vez que o rapaz teria cometido esse tipo de agressão. 

“Esse tipo de situação é recorrente. Já tentei conversar com ele e com os familiares, mas não tive nenhum retorno positivo”, disse à polícia.

Ao chegarem ao local, os policiais constataram os danos no telhado e seguiram até a casa do suposto autor. 

Os familiares do jovem informaram que ele já havia deixado o imóvel antes da chegada da equipe. Apesar disso, comprometeram-se a reparar os prejuízos causados.

Ainda conforme o registro da PM, a moradora foi orientada sobre o prazo legal para representação criminal contra o vizinho. Ambas as partes também foram instruídas sobre os procedimentos cabíveis, incluindo a possibilidade de abertura de um boletim de ocorrência complementar e encaminhamento à Justiça.

Conflito entre vizinhos se intensifica com o tempo

O caso chama a atenção por evidenciar o desgaste na relação entre os vizinhos e a dificuldade em resolver a situação de maneira amigável. A moradora relatou que, apesar das tentativas de diálogo, não conseguiu chegar a uma solução pacífica. 

“Fico com medo de deixar  crianças no quintal. Nunca se sabe quando uma pedra vai voar por cima do muro”, disse, preocupada.

A Polícia Militar de Guarapuava informou que situações como essa, quando há danos materiais recorrentes e risco à integridade física, podem configurar crime de dano, previsto no artigo 163 do Código Penal, com agravantes quando há dolo e reiteração da conduta.

Família do autor promete reparar danos

Apesar da ausência do jovem acusado, os familiares se comprometeram a reparar os prejuízos causados. A moradora, no entanto, se diz cética em relação à promessa. 

“Não é a primeira vez que dizem que vão arrumar e depois somem. As telhas ficam quebradas, chove dentro de casa e ninguém aparece”, reclamou.

A situação tem gerado desconforto também para outros vizinhos, que relatam ouvir frequentemente discussões e barulhos de objetos caindo nos telhados. Alguns moradores chegaram a afirmar, sob anonimato, que presenciaram o rapaz arremessando pedras em outros momentos, sempre durante o dia.

Vítima poderá representar legalmente o agressor

Caso decida seguir com a queixa, a moradora pode representar o vizinho judicialmente no prazo de até seis meses após o ocorrido, conforme determina a legislação. A representação é o ato formal em que a vítima manifesta o desejo de que o autor do crime seja processado.

A orientação da Polícia Militar foi no sentido de registrar um boletim complementar caso novos ataques ocorram, além de procurar apoio junto à Delegacia da Mulher ou o Juizado Especial Criminal de Guarapuava, dependendo do desenvolvimento da situação.

Convivência entre vizinhos e a necessidade de mediação

Conflitos entre vizinhos são mais comuns do que se imagina e, muitas vezes, podem se agravar quando não há mecanismos eficazes de mediação. Especialistas em direito civil lembram que o respeito à propriedade alheia e o direito à convivência pacífica são princípios assegurados pela Constituição.

Segundo O Advogado Marinaldo Rattes, famoso por representar casos impactantes na cidade , destaca:  situações  como esse parecem pequenos, mas  demonstram a importância de políticas públicas voltadas para a mediação de conflitos. 

“Nem sempre é preciso judicializar uma situação de vizinhança. Há câmaras de conciliação que podem ajudar a encontrar soluções antes que o conflito se torne insustentável”, afirma.



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