O caso foi registrado por volta das 18h, quando a equipe policial foi acionada pela unidade de saúde para apurar uma ocorrência de lesão corporal. No local, os policiais fizeram contato com o jovem, que relatou ter sido abordado e forçado a entrar em uma caminhonete de cor cinza. Ele contou que foi levado até uma área de mata nos arredores da cidade, onde teve as mãos amarradas e foi impedido de reagir. A vítima afirmou que os agressores focaram os golpes principalmente em suas mãos.
A gravidade das agressões foi confirmada pela equipe de enfermagem da UPA, que atendeu o jovem. Segundo o boletim médico, ele sofreu fraturas nos dedos da mão direita, além de apresentar diversas escoriações pelo corpo.
Durante a coleta de informações, a mãe do jovem conversou com os policiais e forneceu mais detalhes que podem ajudar na investigação. De acordo com ela, o filho é usuário de entorpecentes e teria furtado objetos pertencentes aos possíveis autores da agressão, o que poderia ter motivado o ataque. A mulher relatou ainda que o rapaz saiu de casa pela manhã, no Distrito de Entre Rios, e só foi localizado horas depois, perambulando pelas ruas em estado de desorientação.
O boletim de ocorrência foi confeccionado e será encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Guarapuava, que assumirá a investigação. Até o momento, os suspeitos não foram identificados formalmente, e o veículo utilizado no sequestro também não foi localizado.
A Polícia Militar reforçou que a prática de justiça com as próprias mãos é crime, e que todos os envolvidos, tanto na agressão quanto no suposto furto, serão investigados.
“Mesmo diante de um possível delito anterior, qualquer forma de agressão ou sequestro configura um crime grave e precisa ser apurada com rigor”, destacou um dos agentes responsáveis pelo atendimento da ocorrência.
A situação acende um alerta sobre a escalada de conflitos ligados ao uso de drogas e pequenos furtos em Guarapuava, principalmente em áreas periféricas e em distritos como Entre Rios. A vulnerabilidade social, o consumo de entorpecentes e a ausência de políticas públicas eficazes de acolhimento e tratamento de dependentes químicos continuam sendo fatores que alimentam episódios como este.
A família do jovem não informou se ele pretende prestar depoimento formal contra os agressores. Ele segue em recuperação das lesões, mas está fora de risco, conforme atualização médica.