Alerta vermelho em Guarapuava: Casos de doenças respiratórias disparam e baixa adesão à vacina preocupa autoridades

 




Vacinação segue abaixo da meta, mesmo com vírus circulando e mortes registradas

 

A epidemia silenciosa das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) está ganhando força em Guarapuava, e o cenário exige atenção imediata. Somente entre janeiro e maio de 2025, o município já contabilizou 3.245 notificações de SRAG, sendo 1.154 casos confirmados em laboratório, com predominância do vírus Influenza A.

 

A tragédia já é real: quatro óbitos foram registrados, todos em pessoas com comorbidades, duas delas não estavam vacinadas contra a gripe. “Precisamos que mais pessoas se vacinem. A vacina salva vidas e reduz o risco de complicações graves. Já temos vírus circulando intensamente e internações por gripe e Covid-19. Vacinar é um ato de responsabilidade coletiva”, alerta o secretário municipal de Saúde, Márcio Brunsfeld.

 

Apesar do risco crescente, a cobertura vacinal em Guarapuava segue muito abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde:

 

Crianças de 6 meses a <6 anos: 25% vacinadas

 

Gestantes e puérperas: 27,4%

 

Pessoas com 60 anos ou mais: 48,1%

 

Cobertura geral: 54,36%

 

Esse cenário é ainda mais preocupante quando se observa o impacto regional. A 5ª Regional de Saúde de Guarapuava registrou aumento de 72,2% nos casos hospitalizados por SRAG em 2025 (198 casos contra 115 em 2024). Já os óbitos subiram 85,7% — foram 13 neste ano.

 

Tratamento e medidas disponíveis

 

A Prefeitura de Guarapuava reforça a testagem rápida para síndromes gripais. Em 2025, mais de 1.200 tratamentos foram iniciados.

 

A Secretaria Municipal de Saúde reforça as orientações para conter o avanço das doenças respiratórias:

 

•  Vacine-se – a vacina está disponível em todas as UBS para o público geral;

• Use máscara se tiver sintomas gripais;
• Lave bem as mãos e mantenha os ambientes arejados;
• Evite contato com grupos de risco se estiver doente;
• Procure atendimento médico ao apresentar febre alta, falta de ar ou cansaço extremo;

 

“Nosso trabalho é salvar vidas. Mas precisamos da colaboração da população. A vacina é segura, gratuita e a melhor forma de evitar tragédias que podem ser prevenidas”, reforça a equipe da Vigilância em Saúde.

 

Cenário estadual também preocupa, principalmente entre crianças e idosos

 

O quadro em Guarapuava segue a tendência do Paraná, que já soma 10.038 internações por SRAG até 2 de junho de 2025, um aumento de 13,6% em relação a 2024. Os óbitos, porém, tiveram uma queda de 23,4% (de 612 para 469).

 

Destaques por faixa etária no estado:

 

Crianças menores de 6 anos: aumento de 3.455 para 4.164 casos

Idosos com 80 anos ou mais: 1.197 casos e 142 óbitos

Entre os 74 óbitos por Influenza no Paraná em 2025:

 

Apenas 8 pessoas (10,8%) estavam vacinadas

Apenas 22 (29,7%) utilizaram Tamiflu

78,3% apresentavam comorbidades

 

A lista das Unidades de Saúde com vacinação disponível, aqui, e nas redes sociais da Secretaria de Saúde.

 

Não espere os números subirem ainda mais. Vacine-se. Proteja quem você ama. Prevenir é um ato de amor e responsabilidade coletiva


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