GUARAPUAVA, PARANÁ. Um caso estarrecedor. Um erro... que quase terminou em tragédia.
Eram 13 horas e 59 minutos, desta quarta-feira, 25 de junho, quando o silêncio do bairro Vila Carli foi rasgado pelos gritos de desespero. Um Pitbull — forte, ágil, descontrolado — rompeu os limites de sua casa e avançou. Invadiu o pátio ao lado. Um ato fulminante. Um ataque.
Lá, tranquilo, estava um Labrador. Um cão dócil. Um amigo da família. Foi surpreendido... e brutalmente atacado.
Segundo informações da Polícia Militar, o tutor do Labrador, um homem de 58 anos, chamou a equipe após assistir, impotente, ao seu cão ser dilacerado. No meio da confusão, o filho dele — um adolescente de 17 anos — tentou, corajosamente, separar os animais. Pagou um preço: ferimentos nos dedos da mão direita, causados pelo Pitbull.
O dono do cão agressor, um homem de 45 anos, explicou: tudo aconteceu quando ele abria o portão. Um descuido. Um segundo de distração. E o Pitbull escapou. Ele se comprometeu a pagar todas as despesas: veterinário para o Labrador, atendimento médico para o jovem ferido.
Mas, apesar da violência, ninguém quis registrar queixa criminal. Os envolvidos foram orientados sobre seus direitos e deveres. Mas o alerta está dado.
Esse não é apenas um caso isolado.
É um sinal de alerta.
É a prova — dolorosa — de que a guarda de animais de grande porte exige responsabilidade, vigilância e consciência.
Porque basta um momento.
Um portão entreaberto.
Uma chance.
E tudo pode mudar.