01h50min – Santana
Na calada da noite, enquanto as estrelas se ocultavam sob um manto de nuvens, uma chamada ecoou no coração da cidade. A equipe policial, pronta para enfrentar os desafios ocultos nas sombras, recebeu um alerta via aplicativo: uma tentativa de furto de veículo estava em andamento. Era como se a cidade sussurrasse segredos, e a equipe, com a adrenalina pulsando, imediatamente se lançou em ação.
As luzes da viatura iluminavam a escuridão, como faróis de um navio navegando por águas desconhecidas. A equipe patrulhou cada esquina da via, cada beco que poderia esconder a verdade por trás do alarme. O asfalto, úmido pelo orvalho recente, refletia as luzes, criando um cenário quase surreal, onde cada gota parecia carregar um fragmento da história que se desenrolava.
Mas ao chegar ao local indicado, encontraram um vazio inquietante. A solicitante, que deveria ser a testemunha principal, não estava à vista. O silêncio era ensurdecedor, como um eco de vozes que não podiam ser ouvidas. A equipe, em sua busca incansável, examinou os arredores, mas a única coisa que encontraram foram sombras dançando nas paredes e o murmúrio distante da cidade adormecida.
O mistério pairava no ar, e a frustração da equipe crescia. Sem a presença da vítima, os detalhes da ocorrência permaneciam envoltos em névoa. Era como se a cidade tivesse engolido a verdade, guardando-a em seus segredos mais profundos. Com um suspiro resignado, a equipe preparou o boletim de ocorrência, um registro formal daquilo que poderia ter sido mais um capítulo na crônica urbana.
Enquanto o relógio avançava, a noite parecia se estender, levando consigo a esperança de desvendar o que realmente aconteceu. Santana, com suas ruas silenciosas e enigmas ocultos, continuava a pulsar, como um organismo vivo, repleto de histórias que aguardavam ser contadas. E assim, a equipe policial se retirou, deixando para trás um mistério que talvez nunca fosse resolvido, mas que certamente ecoaria nas mentes de quem ousasse escutar as vozes da noite.